Existe vida inteligente fora
da terra? “No Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável. Por
que não encontramos aliens ainda? Talvez nossos equipamentos não tenham
sensibilidade suficiente. Ou não sintonizamos o sinal de rádio correto”.
SUPERINTERESSANTE.
São Paulo:
Editora Abril, n. 224, mar. 2006, p. 42.
Editora Abril, n. 224, mar. 2006, p. 42.
Tendo
em vista os argumentos utilizados por Paul Horowitz, pode-se inferir que ele:
(A)
garante a existência de aliens apoiando-se em comprovações científicas.
(B)
prova que nosso encontro com extraterrestre é apenas uma questão de tempo.
(C)
revela suas idéias em uma escala que varia em diferentes graus de certeza.
(D)
sustenta seu ponto de vista com base em resultados verificados por equipamentos
adequados.
E)
reconhece a existência de vida alienígena em nossa galáxia.
2.
(UFMG-MG)
O
mercado é como Deus: invisível, onipotente, onisciente e, agora, como fim do
bloco soviético, onipresente. Dele depende nossa salvação. Damos mais ouvidos
aos profetas do mercado – os indicadores financeiros – que à palavra das
Escrituras.
Idolatrias
à parte, o mercado é seletivo. Não é uma feira livre, cujos produtos carecem de
controle de qualidade e garantia. É como shopping center, onde só entra quem
tem (ou aparenta ter) poder aquisitivo.
BETTO, Frei.
Estado de Minas, Belo Horizonte,
8 jun. 2006. Caderno Cultura, p. 10.
8 jun. 2006. Caderno Cultura, p. 10.
(Trecho - Texto
adaptado)
Idolatrias à parte, o mercado é seletivo.” (linha 25)
É
CORRETO afirmar que a expressão
destacada, nessa frase, é usada para:
A)
anunciar que a idolatria será abordada depois.
B)
criticar a postura dos profetas do mercado.
C)
desvincular o mercado da idéia de crença religiosa.
D)
mudar o foco argumentativo do texto.
(FGV-SP)
Texto para questão 03
Os tiranos e os autocratas sempre
compreenderam que a capacidade de ler, o conhecimento, os livros e os jornais
são potencialmente perigosos. Podem insuflar idéias independentes e até
rebeldes nas cabeças de seus súditos. O governador real britânico da colônia de
Virgínia escreveu em 1671:
Graças a Deus não há escolas, nem imprensa
livre; e espero que não [as] tenhamos nestes [próximos] cem anos; pois o
conhecimento introduziu no mundo a desobediência, a heresia e as seitas, e a
imprensa divulgou-as e publicou os libelos contra os melhores governos. Que
Deus nos guarde de ambos!
Mas os colonizadores norte-americanos,
compreendendo em que consiste a liberdade, não pensavam assim.
Em seus primeiros anos, os Estados Unidos
se vangloriavam de ter um dos índices mais elevados - talvez o mais elevado -
de cidadãos alfabetizados no mundo.
Atualmente,
os Estados Unidos não são o líder mundial em alfabetização. Muitos
dos que são alfabetizados não conseguem ler, nem compreender material muito
simples - muito menos um livro da sexta série, um manual de instruções, um
horário de ônibus, o documento de uma hipoteca ou um programa eleitoral.
As rodas dentadas da pobreza, ignorância,
falta de esperança e baixa auto-estima se engrenam para criar um tipo de
máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós
todos pagamos o preço de mantê-la funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha.
Ainda que endureçamos os nossos corações
diante da vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas, o ônus do
analfabetismo é muito alto para todos os demais - o custo de despesas médicas e
hospitalização, o custo de crimes e prisões, o custo de programas de educação
especial, o custo da produtividade perdida e de inteligências potencialmente
brilhantes que poderiam ajudar a solucionar os dilemas que nos perseguem.
Frederick Douglass ensinou que a
alfabetização é o caminho da escravidão para a liberdade. Há muitos tipos de
escravidão e muitos tipos de liberdade. Mas saber ler ainda é o caminho.
(Carl Sagan, O caminho
para a liberdade.
Em "O mundo assombrado pelos demônios:
a ciência vista como uma vela no escuro". Adaptado)
Em "O mundo assombrado pelos demônios:
a ciência vista como uma vela no escuro". Adaptado)
3.
É correto afirmar que Carl Sagan faz citação das idéias de um governador real
britânico para:
a) corroborar as idéias que defende no desenvolvimento do texto.
b)
ilustrar a tese com a qual inicia o texto e à qual se contrapõe na seqüência.
c)
comprovar a importância da colonização inglesa para o desenvolvimento
americano.
d)
desmistificar a idéia de que liberdade de imprensa pode trazer liberdade de
idéias, como defende na conclusão.
e)
ironizar idéias ultrapassadas, mostrando, no desenvolvimento do texto, o
descrédito de que gozaram em todos os tempos.
(UFV-MG) O
fragmento abaixo foi selecionado do texto “Mulheres no cárcere e a terapia do
aplauso”, de Bárbara Santos. Leia-o para responder às questões 04, 05 e 06.
Mulheres no cárcere e a
terapia do aplauso
(por Bárbara
Santos)
Elas estão no cárcere. O cárcere não está
preparado para elas. Idealizado para o macho, o cárcere não leva em
consideração as especificidades da fêmea. Faltam absorventes. Não existem
creches. Excluem-se afetividades. Celas apertadas para mulheres que convivem
com a superposição de TPMs, ansiedades, alegrias e depressões.
A distância da família e a falta de
recursos fazem com que mulheres fiquem sem ver suas crianças. Crianças privadas
do direito fundamental de estar com suas mães. Crianças que perdem o contato
com as mães para não crescerem no cárcere.
Uma presa, em Garanhuns, Pernambuco, luta
para recuperar a guarda de sua criança, que foi encaminhada para adoção por ela
não ter familiares próximos. Uma criança com cerca de 2 anos de idade, em
Teresina, Piauí, nasceu e vive no cárcere, não fala e pouco sorri, a mãe tem
pavor de perdê-la para a adoção, sua família é de Minas Gerais.
Essas mulheres são vítimas do machismo, da
necessidade econômica e do desejo de consumir. São flagradas nas portas dos
presídios com drogas para os companheiros; são seduzidas por traficantes que se
especializaram em abordar mulheres chefes de família com dificuldades econômicas;
também são vaidosas e, apesar de pobres, querem consumir o que a televisão
ordena que é bom.
Um tratamento ofensivo as afeta
emocionalmente. A tristeza facilmente se transforma em fúria. Muitas
escondem de suas crianças que estão presas. Sentem vergonha da condição de
presas. Na maioria dos casos, estão convencidas de que são culpadas e que
merecem o castigo recebido. Choram, gritam e se comovem. O cárcere é
despreparado e pequeno demais para comportar a complexidade das mulheres.
Apesar do aumento do número de mulheres
presas no Brasil, especialmente nas rotas do tráfico, o sistema penitenciário
não se prepara nem para as receber, nem para as ressocializar. Faltam presídios
Femininos, assim como capacitação específica para servidores penitenciários que
trabalham com mulheres no cárcere.
Falta estrutura que considere a
maternidade e que garanta os direitos fundamentais das crianças.
Assim como na sociedade, no cárcere o
espaço da mulher ainda é precário. O sistema é masculino na sua concepção e
essência. Em cidades como Caicó, Rio Grande do Norte, não existe penitenciária
feminina. As mulheres presas são alojadas numa área improvisada dentro da
unidade masculina. Em Mossoró, no mesmo Estado, mulheres presas, ainda sem sentença,
aguardam julgamento numa área minúscula dentro da cadeia pública masculina. A
presença improvisada das mulheres cria problemas legais e acarreta insegurança
para servidores penitenciários quanto à garantia da segurança geral e da
integridade física das mulheres.
(Bárbara
Santos é coordenadora nacional do projeto Teatro do Oprimido nas Prisões,
desenvolvido pelo Centro de Teatro do Oprimido, em parceria com o
Departamento Penitenciário Nacional, do
Ministério da Justiça. www.ctorio.org.br)
(Disponível
em: http:// www.carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 07 ago. 2006.)
4. Tendo em vista
o sentido global do texto, o seu PRINCIPAL
objetivo comunicativo é:
a) discutir a
precariedade do sistema penitenciário para receber mulheres presas.
b) apontar as
especificidades e complexidades da mulher no cárcere.
c) defender o
direito das mães presas viverem com suas crianças.
d) apresentar
exemplos positivos de presídios para mulheres.
e) identificar os
problemas das mulheres no cárcere.
5. Dentre os fatores
abaixo, assinale o que NÃO foi
mencionado por Bárbara Santos como problema que afeta a mulher no cárcere:
a) A falta de
absorventes.
b) A inexistência
de creches.
c) A estrutura
precária.
d) O excesso de
proteção.
e) A convivência
com os filhos
6. “[...] querem consumir o que a televisão
ordena que é bom.” (§ 4)
Das alternativas
abaixo, assinale aquela que NÃO comprova a assertiva feita pelo autor do texto:
a) A mídia
televisiva é considerada hoje uma espécie de quarto poder.
b) A pressão do
índice de audiência leva a televisão a impor certos comportamentos à
população.
c) O peso da
economia exerce influência sobre padrões específicos de conduta social.
d) As publicidades
televisivas, por exemplo, instigam as pessoas a consumirem produtos e sonhos.
e) A função da
mídia televisiva é apenas informar a sociedade dos acontecimentos em geral.
7. Leia o
texto abaixo para responder à questão.
ENTREVISTA COM MICHAEL SERMER
(Diretor da ONG contra superstições) – Veja, n. 1733
(Diretor da ONG contra superstições) – Veja, n. 1733
Repórter: Como o senhor justifica a
vantagem do pensamento científico sobre o obscurantismo?
MS: A ciência é o único campo do conhecimento humano com característica progressista. Não digo isso tomando o termo progresso como uma coisa boa, mas sim como um fato. O mesmo não ocorre na arte, por exemplo. Os artistas não melhoram o estilo de seus antecessores, eles simplesmente o mudam. Na religião, padres, rabinos e pastores não pretendem melhorar as pregações de seus mestres. Eles as imitam, interpretam e repetem aos discípulos. Astrólogos, médiuns e místicos não corrigem os erros de seus predecessores, eles os perpetuam. A ciência, não. Tem características de autocorreção que operam como a seleção natural. Para avançar, a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme facilidade. Como a natureza, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros para continuar a existir.
MS: A ciência é o único campo do conhecimento humano com característica progressista. Não digo isso tomando o termo progresso como uma coisa boa, mas sim como um fato. O mesmo não ocorre na arte, por exemplo. Os artistas não melhoram o estilo de seus antecessores, eles simplesmente o mudam. Na religião, padres, rabinos e pastores não pretendem melhorar as pregações de seus mestres. Eles as imitam, interpretam e repetem aos discípulos. Astrólogos, médiuns e místicos não corrigem os erros de seus predecessores, eles os perpetuam. A ciência, não. Tem características de autocorreção que operam como a seleção natural. Para avançar, a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme facilidade. Como a natureza, é capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros para continuar a existir.
Em termos argumentativos, pode-se dizer que:
(A) a argumentação apresentada por MS se apóia em testemunhos de autoridade;
(B) a tese apresentada está explícita em "a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme facilidade";
(C) o público-alvo a ser convencido é o conjunto de pessoas ligadas, de uma maneira ou outra, ao obscurantismo;
(D) os argumentos apresentados na defesa da tese se fundamentam ora na intimidação, ora na persuasão;
(E) por ser de caráter científico, a subjetividade do argumentador é completamente desprezada na argumentação.
(A) a argumentação apresentada por MS se apóia em testemunhos de autoridade;
(B) a tese apresentada está explícita em "a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme facilidade";
(C) o público-alvo a ser convencido é o conjunto de pessoas ligadas, de uma maneira ou outra, ao obscurantismo;
(D) os argumentos apresentados na defesa da tese se fundamentam ora na intimidação, ora na persuasão;
(E) por ser de caráter científico, a subjetividade do argumentador é completamente desprezada na argumentação.