O
marciano encontrou-me na rua
e
teve medo de minha impossibilidade humana.
Como
pode existir, pensou consigo, um ser
que
no existir põe tamanha anulação de existência?
Afastou-se
o marciano, e persegui-o.
Precisava
dele como de um testemunho.
Mas,
recusando o colóquio, desintegrou-se
no
ar constelado de problemas.
E
fiquei só em mim, de mim ausente.
Mas,
recusando o colóquio, desintegrou-se
no
ar constelado de problemas. (v.
7-8)
(B)
metonímia
(C)
hipérbole
(D) metáfora
Vagabundos a
quem jurei amar,
Nunca os meus
braços lânguidos traçaram
O voo dum
gesto para os alcançar ...
Se as minhas
mãos em garra se cravaram
Sobre um amor
em sangue a palpitar ...
– Quantas
panteras bárbaras mataram
Só pelo raro
gosto de matar!
Minha alma é
como a pedra funerária
Erguida na
montanha solitária
Interrogando
a vibração dos céus!
O amor dum
homem? – Terra tão pisada,
Gota de chuva
ao vento baloiçada ...
Um homem? –
Quando eu sonho o amor de um Deus! ...
(Adaptado de: ESPANCA, F. Sonetos.
São Paulo: Martin Claret, 2007. p.78.)
(B)
Metáfora.
(C) Símile.
(D)
Sinestesia.
(E) Anáfora.
(B)
"para se ver chorando, e gostar de chorar"
(C)"e
adormecer de lágrimas e luar"
(D)"Quem
tivesse um amor sem dúvida nem mácula"
(E)
"sem antes nem depois: verdade e alegoria..."
Uma palavra só, a crua palavra
Que quer dizer
Tudo
Anterior ao entendimento, palavra
Palavra viva
Palavra com temperatura, palavra
Que se produz
Muda
Feita de luz mais que de vento, palavra
Palavra dócil
Palavra d’água pra qualquer moldura
Que se acomoda em balde, em verso,
em mágoa
Qualquer feição de se manter palavra
Palavra minha
Matéria, minha criatura, palavra
Que me conduz
Mudo
E me escreve desatento, palavra
Talvez, à noite
Quase-palavra que um de nós murmura
Que ela mistura letras, que eu invento
Outras pronúncias do prazer, palavra
Palavra boa
Não de fazer literatura, palavra
Mas de habitar
Fundo
O coração do pensamento, palavra
(B) “Palavra
d´água pra qualquer moldura”.
(C) “E
me escreve desatento, palavra”.
(D) “Quase-palavra
que um de nós murmura”.
(E) “Outras
pronúncias do prazer, palavra”.
(B) “palavra
com temperatura”.
(C) “feita
de luz”.
(D) “palavra
dócil”.
(E) “palavra
minha”.
Bicho urbano
Se disser que prefiro morar em Pirapemas
ou em outra qualquer pequena cidade do país
estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor de alvorada.
.....................................................................
A natureza me assusta.
Com seus matos sombrios suas águas
suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.
(GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de
Janeiro: José Olympio Editora, 1991)ou em outra qualquer pequena cidade do país
estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor de alvorada.
.....................................................................
A natureza me assusta.
Com seus matos sombrios suas águas
suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.
Embora não opte por viver numa pequena cidade, o
poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas comunidades. Para
expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia,
construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas.
Assinale a opção em que se observa esse recurso.
(A) "e o pão preserve aquele branco / sabor de alvorada."
(B) "ainda que lá se possa de manhã / lavar o rosto no orvalho"
(C) "A natureza me assusta. / Com seus matos sombrios suas águas"
(D) "suas aves que são como aparições / me assusta quase tanto quanto"
(E) "me assusta quase tanto quanto / esse abismo / de gases e de estrelas"
Ao seu pesar ou
seu contentamento.
Mudaram as
estações
Nada mudou.
(B) antítese
(C) sinestesia
(D) metonímia
(E) catacrese
(A) Delegacia se afoga num mar de inquéritos.
(B) Fantasma do desemprego tecnológico assombra trabalhadores que vivem das atividades de calcinadoras a lenha.
(C) Dirigir falando no telefone celular aumenta quatro vezes o risco de colisões.
(D)De volta à moda e aos pés femininos, o elegante e famigerado salto alto reacende a fogueira da inquisição ortopédica.
(E) É grande o nó burocrático de museus e orquestras para liberar obras e instrumentos na alfândega.
onde fica o gabarito ? :/
ResponderExcluirGostaria do gabarito, onde encontro ???
ResponderExcluirGostaria do gabarito, onde encontro ???
ResponderExcluirGostaria do gabarito, onde encontro ???
ResponderExcluirMas sem gabarito?????????? De que adianta?
ResponderExcluirGabarito: 1. c; 2.b ; 3. e; 45a. c; b. a; 6.a; 7.b; 8.c. A questão 4 aparece como 4, mas 5a e 5 b depois. Fique atento.
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