1-
Na cerimônia religiosa de casamento na Igreja
Católica, o padre, logo após declarar casados os noivos, costuma dizer:
“O que Deus uniu o homem não
separe”.
Agora considere a seguinte frase:
“O que Deus uniu o homem não separa”.
Qual dessas duas formas de
expressão deixa claro que o casamento é um ato indissolúvel? Justifique.
2-
A leitura atenta do poema de Mário Quintana
transcrito a seguir permite que se identifiquem, de maneira clara, referências
a momentos diferentes: o presente do eu-lírico, o passado do eu-lírico e um
passado remoto (“ferocíssimas batalhas políticas do ano de 1910”).
Pesquisa
Na
gostosa penumbra da Biblioteca Municipal
leio
velhos jornais
e
dos
anúncios prescritos
das
novidades caducas
dos
poetas mortos há tanto tempo que parecem de novo estreantes
das
ferocíssimas batalhas políticas do ano de 1910
–
brotam como balões meus sábados azuis
as
horas bebidas aos goles
(num
copo azul)
e as
ruas de poeira e sol onde bailam sozinhos
os
meus sapatos de colegial.
(Mário
Quintana. Porta Giratória. São Paulo:
Globo, 1997)
De acordo com o texto, as formas verbais
“leio” e “bailam” apresentam o mesmo valor semântico? Justifique.
3-
O anúncio a seguir, publicado há muitos anos,
fazia parte da campanha publicitária do tecido Tergal.
(Anúncio do Tergal. 1969. Cem anos de propaganda. São Paulo, Abril
Cultural, 1980)
Esse texto publicitário combina
palavras e imagens, buscando induzir o leitor a comprar o produto: o tecido
tergal. Com base nesse comentário, comente a relação que se estabelece entre o
modo verbal adotado em “tergalize-se” e os aspectos visuais do texto.
4-
(UNICAMP-1992) As gramáticas
costumam definir os tempos verbais de forma simplificada. C. Cunha e L. Cintra,
por exemplo, em sua Nova gramática do
português contemporâneo, dizem que o futuro designa um fato ocorrido após o
momento em que se fala. Observe como Bastos Tigre joga com essa noção de futuro
para dar uma interpretação engraçada do sétimo mandamento bíblico:
“Não furtarás -
prega o Decálogo - e cada homem deixa para amanhã a observância do sétimo
mandamento”.
(Citado
por Mendes Fradique em sua Gramática
portugueza pelo methodo confuso, 1928)
a)
Qual a interpretação usual
(feita, por exemplo, por um rabino, um pastor ou um padre) desse mandamento?
b)
Qual a interpretação feita por
Bastos Tigre?
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